Hanna
Acordei com o calor do corpo dele atrás do meu, o braço pesado envolvendo minha cintura como se, mesmo dormindo, Ethan se recusasse a me soltar.
Por alguns segundos fiquei ali, imóvel, ouvindo a respiração dele contra minha nuca, sentindo o peso daquela noite inteira tão viva na minha pele que quase me emocionei.
Mas então a realidade bateu.
Trabalho.
Filial.
Ele é meu chefe.
E ninguém — absolutamente ninguém — podia saber o que tinha acontecido entre nós.
Virei-me devagar e encontrei Ethan já me observando, olhos verdes intensos, o semblante relaxado… mas só até eu falar:
— Ethan… a gente precisa ter cuidado.
Ele piscou devagar, depois se aproximou mais um pouco, apoiando a testa na minha.
— Também acho. — Ele murmurou. — Mas eu não me arrependo de nada.
Senti o coração disparar outra vez. Ele deslizou os dedos pela minha cintura, num carinho lento que quase me fez pedir pra ficar ali o dia inteiro.
— Ninguém pode saber — reforcei, tentando recuperar a