Hanna
Assim que fechei a porta, o silêncio do meu apartamento pareceu encolher ao nosso redor — denso, elétrico, quase palpável.
Eu podia ouvir minha própria respiração.
E a dele… profunda, contida, como se ele estivesse segurando o controle com as pontas dos dedos.
Ethan deu um passo.
Depois outro.
Meu corpo respondeu antes de eu pensar, como se todo o universo estivesse puxando nós dois para o mesmo ponto.
— Hanna… — ele disse meu nome de um jeito que me arrepiou inteira.
Eu encostei nas costas da porta, sem notar quando comecei a recuar.
Ele parou diante de mim, tão perto que o calor do corpo dele me envolveu.
Os olhos verdes dele estavam diferentes.
Mais escuros.
Mais intensos.
Como se guardassem todos os pensamentos que ele não estava dizendo.
— Eu tentei me convencer a ficar no hotel — ele continuou, a voz baixa, rouca, carregando uma luta visível. — Tentei me convencer de que vir até aqui era errado… que eu deveria… sei lá… agir como seu chefe.
Meu