Ana
Eu sabia. Sabia que tinha alguma coisa errada. Aquele sorriso malicioso do Lex, a calma dele enquanto a recepcionista falava que não havia mais quarto disponível... tudo fazia sentido agora. Ele queria me colocar numa armadilha.
— Você tá rindo de quê? — cruzei os braços, encarando a cama gigantesca no meio do quarto. — Claro que planejou isso! Essa viagem, as compras, esse hotel… tudo só pra me enfiar nesse quarto e depois fingir que foi por acaso!
Ele jogou o paletó no sofá, com a maior tranquilidade do mundo, e virou-se para mim com aquele olhar de “eu ganho sempre”.
— Que imaginação fértil a sua, docinho. Mas confesso… seria um plano excelente. — E piscou.
— Você é impossível! — minha voz quase saiu em um grito. — Eu não vou dormir nessa cama com você, pode esquecer!
Lex riu, um riso grave que arrepiou até a minha espinha.
— Relaxa. A cama é grande o bastante. Não vou morder você… a menos que peça.
— Lex! — coloquei as mãos na cintura, tentando parecer brava, mas a maldita ver