Defne Topal nĂŁo foi trabalhar no dia seguinte. NĂŁo que ela nĂŁo quisesse â mas nĂŁo podia. O corpo parecia funcionar em fragmentos, e a mente girava como se buscasse um lugar seguro dentro de si.
Na noite anterior, Ămer soube. Soube do plano, da mentira, da motivação. Soube que ela fora enviada para feri-lo⊠e acabara se apaixonando por ele.
Mas no coração dele, tudo soava como engano.
Na empresa, Yasemin parecia pisar em cacos invisĂveis. O clima estava espesso, e o nome de Defne circulava como sussurro. Sinan, mais discreto, tentava manter tudo funcionando. Mas atĂ© ele sabia: Ămer estava longe. NĂŁo em corpo. Mas em alma.
No meio da tarde, Ămer chamou Pamir para uma conversa.
â VocĂȘ sabia, nĂŁo sabia?
â Eu desconfiava. E confirmei.
â E por que nĂŁo me contou?
â Porque eu sabia que vocĂȘ sĂł acreditaria quando ela dissesse.
Ămer ficou em silĂȘncio.
â VocĂȘ acha que ela mentiu o tempo todo?
â Pamir provocou.
â Eu acho que ela quebrou algo que nĂŁo pode ser consertado.
Pamir sorriu.
â EntĂŁo pron