O carro avançava pelas ruas silenciosas da cidade, enquanto o sol da tarde filtrava-se pelas janelas, projetando sombras suaves sobre os rostos tensos no banco traseiro. Matteo estava ao lado de Isabelle, com o corpo inclinado levemente em direção a ela. As mãos dele, grandes e firmes, seguravam as dela com força contida — não a machucava, mas era impossível ignorar o traço possessivo daquele toque.
Isabelle sentia o calor das palmas dele em sua pele, o pulso forte, os dedos que se entrelaçavam aos seus como se ele a marcasse ali, como se dissesse silenciosamente “você é minha”.
Ela respirou fundo. Estava cansada, confusa... e principalmente, sentindo aquela pontada no estômago que a acompanhava desde que deixara o restaurante com Sophie. Encostou devagar a cabeça no ombro largo e rígido de Matteo, buscando abrigo naquele corpo que tantas vezes lhe dera prazer e consolo. Ele, por sua vez, virou o rosto suavemente e depositou um beijo demorado em seus cabelos negros, inalando o perfume