O jantar seguiu seu curso habitual, mas para Isabelle, cada risada e cada troca de palavras à mesa parecia distante. A discussão na cozinha ainda ecoava em sua mente como um trovão. Tentava manter a postura, sorrindo educadamente, mas por dentro, o peito estava apertado. Lizandra, sentada do outro lado da mesa, mantinha um ar satisfeito, como se carregasse a certeza de ter vencido uma batalha silenciosa.
Dominico, que sempre observava mais do que deixava transparecer, notou a mudança. Seus olhos negros pousaram sobre Isabelle diversas vezes durante a refeição. Ela evitava encará-lo, focando no prato ou nas mãos pousadas sobre o colo.
— Você está estranhamente quieta esta noite, Isa — comentou o patriarca Farella, olhando para ela com leve preocupação.
Isabelle sorriu de leve, disfarçando. — Apenas cansada, senhor Farella. Foi um dia longo.
Dominico ergueu uma sobrancelha, mas não disse nada. No entanto, o músculo em sua mandíbula se contraiu, um sinal silencioso de que estava analisan