O entardecer dourado filtrava-se pelas janelas altas da mansão Farella quando Isabelle apareceu no topo da escadaria. Seu vestido esvoaçava em camadas de tecido leve, estampado por flores miúdas em tons de rosa, azul e amarelo. Nos cabelos escuros, uma pequena fivela prateada prendia levemente as mechas soltas, emprestando-lhe um ar de inocência realçada pelos saltos médios de suas sandálias – pontos discretos de elegância que combinavam com seu porte gracioso. Ao descer, minando cada degrau com a suavidade de uma bailarina, sentiu todos os olhares se voltarem para ela.
O Patriarca Farella ergueu-se da poltrona, os lábios esboçando um sorriso orgulhoso. A esposa dele desviou o olhar para a cunhada, Lizandra, que, sentada mais adiante, fitava Isabelle com olhos verdes tão intensos que parecia brilhar perigo. E, no centro da sala, apoiado num balcão de mogno escuro, Dominico largou o livro que lia. Quando seus olhos se encontraram, o peito dele se abriu num sinal de paixão contida: leva