Depois do jantar, Isabelle levou Catherine para o quarto. Cantou baixinho até que a respiração suave da filha denunciasse o sono profundo. Depositou um beijo demorado em sua testa e, com passos leves, voltou para a sala.
O ambiente estava tomado por conversas tranquilas, risos contidos e o brilho amarelado das luminárias. O patriarca Farella, recostado na poltrona, abriu um sorriso afetuoso ao vê-la entrar.
— Isabelle, minha querida, nos presenteie com mais uma música. — Sua voz tinha a cadência de quem apreciava verdadeiramente aquele momento. — O som do seu piano acalma a alma.
Ela assentiu com um sorriso discreto e aproximou-se do instrumento. Sentou-se com elegância, os dedos pousando sobre as teclas como se fossem parte dela. A primeira nota soou clara, pura, e logo o salão se encheu de uma melodia doce, que parecia conversar com cada pessoa ali.
Lizandra, porém, levantou-se abruptamente. Não disse nada; apenas se virou e subiu as escadas. Dominico acompanhou seu movimento com o