O amplo salão do Hotel Beau-Rivage, em Genebra, fervilhava de elegância e poder. Lustres de cristal derramavam um brilho suave sobre arcos neoclássicos adornados por guirlandas de orquídeas brancas e ramos de oliveira, evocando o sutil enlace entre a Suíça e a Sicília. As mesas redondas, vestidas de linho cor de champanhe, exibiam castiçais de prata e pequenas montagens de tulipas pêssego, enquanto garçons trafegavam com bandejas de canapés de salmão defumado e flûtes de champagne rosé. Políticos, magnatas, acadêmicos e advogados circulavam em fraques e vestidos de seda, trocando saudações e reservando olhares para o tal “patrocinador misterioso”.
A poucos metros das colunas iluminadas, Isabelle Marchand se mantinha ereta, trajando um longo vestido azul-marinho que acentuava sua postura agora decidida de CEO. Sophie, ao seu lado, segurava discretamente o braço da amiga e sussurrou:
— Vai começar… prepare-se para ver quem está por trás de tudo.
No telão lateral, o mestre de cerimônias