Sophie se afastou por um momento de Isabelle e a conversa dela com os colegas advogados estendeu-se por mais tempo do que previra. Em meio a terminologias jurídicas e ajustes contratuais, a amiga dedilhava soluções e alternativas, deixando a viúva de Matteo momentaneamente isolada. Isabelle sentiu um impulso irrefreável de buscar o refúgio silencioso do jardim interno.
O corredor de mármore conduziu-a até às portas de vidro duplo, que se apagavam em reflexos de ouro e creme. Ao empurrar a porta, o cheiro fresco das palmeiras e das roseiras noturnas a envolveu, convidando-a a respirar fundo. As lanternas penduradas nos arcos de ferro lançavam halos de luz amarelada sobre o piso de ladrilhos, e um leve orvalho brincava nas folhas verdes, molhando os saltos discretos do seu scarpin.
Isabelle deixou o casaco leve cair aos ombros e recolheu o cabelo em um coque solto. Sentiu a tensão nos ombros diminuir, ainda que o pulsar do coração não cedesse ao ritmo sereno do lugar. Tirou o celular do