A noite seguinte também estava calma, e o silêncio na mansão só era quebrado pelas teclas suaves do piano sendo tocadas com delicadeza pelas mãos de Isabelle. A melodia era doce, mas seus olhos estavam cansados, e seu semblante, pálido. Matteo, sentado no sofá, observava-a com admiração. Ele gostava desses momentos: vê-la ali, entregue à música, vestida com um robe de seda clara, os cabelos soltos e os pés descalços sobre o tapete. Parecia uma pintura viva, uma preciosidade que ele jamais deixaria escapar.
Mas de repente, a música cessou.
Isabelle parou de tocar, levou a mão ao estômago e levantou-se com um sobressalto. Matteo se ergueu de imediato, preocupado, mas ela já corria na direção do lavabo. O som seco do vômito ecoou pela sala de estar. Matteo correu até lá.
— Isabelle? — chamou, agachando-se ao lado da porta entreaberta.
Ela apareceu logo depois, pálida, suando frio, com a mão trêmula sobre os lábios. Os olhos azuis estavam úmidos, como se a qualquer momento ela fosse chora