A morte de Salvatori espalhou um silêncio estranho pela Villa Farella, um silêncio que não era paz, mas contenção. Cada passo nos corredores parecia medido, cada porta se fechava com cuidado, e até o bater distante das ondas contra as rochas parecia respeitar um luto não declarado. O recado de El Príncipe correra como vento por dentro e fora da família: a mulher dele era intocável.
No meio desse novo clima, Lizandra se tornou um corpo deslocado. O lugar que antes ocupava com ousadia agora era uma ilha fria à mesa do café, uma cadeira vazia à direita no salão, um corredor que se abria e se fechava sem que ninguém a notasse. Os empregados a evitavam; não por desobediência, mas por instinto de sobrevivência. A família, que outrora tolerava seus sorrisos calculados, limitava-se a acenos curtos. O patriarca, se a via, desviava os olhos como quem poupa palavras em dias perigosos.
Isabelle preferiu o caminho do silêncio. Não houve confronto, não houve gritos: apenas um olhar firme, a presenç