O vento quente da Sicília trazia o perfume do mar e das oliveiras que cercavam a Villa. Fazia exatamente três meses desde que Isabelle chegara à ilha, e a vida que levava agora parecia distante do caos em que mergulhara ao chegar. A barriga já começava a despontar sob os vestidos leves que ela usava, e, com dois bebês ali dentro, cada mudança no corpo vinha mais cedo e mais intensa do que ela imaginara.
As manhãs começavam mais devagar. Isabelle acordava com o canto das aves, o sol atravessando as cortinas brancas, e sempre encontrava na mesa do café frutas frescas, pães ainda mornos e um chá especial que o médico recomendara para ajudar na digestão. Dominico havia estabelecido, com o jeito dele de ordens disfarçadas de cuidado, que ela não poderia pular nenhuma refeição.
— Você está carregando o que tenho de mais valioso — dizia, com aquele olhar firme. — Não vou permitir que se descuide.
O pré-natal havia se tornado parte importante da rotina. Isabelle ia às consultas acompanhada de