O sol mal tinha despontado no horizonte quando as primeiras notificações começaram a invadir os telefones de Mel, Alessandro e Luna. Clara havia cumprido a promessa. A reportagem estava no ar.
O título era direto, quase como um grito calado há muito tempo:
“Silêncio Forçado: Quando o Amor Vira Prisão – A História de Mel e Alessandro”
Mel acordou com o vibrar incessante do seu telemóvel. Sentou-se na cama, os olhos ainda colados de sono, mas o coração disparado. A tela exibia dezenas de mensagens, notificações de partilhas, menções e comentários. Ela abriu a reportagem com as mãos trémulas.
Clara não poupou detalhes. Desde os primeiros sinais de controlo psicológico até aos episódios mais recentes de manipulação, perseguição e abuso emocional por parte de Dário. Alessandro surgia na matéria como alguém injustamente difamado, vítima de uma armadilha montada para encobrir a verdade. Havia trechos das entrevistas com Luna, excertos do diário que Mel começou a escrever em segredo, e até pr