O silêncio da casa segura era apenas superficial. A tensão pairava no ar, tão densa que parecia palpável. Eu andava de um lado para o outro no quarto em que Dante havia me deixado, o coração ainda acelerado pela conversa que tivemos.
Vamos responder.
Aquelas palavras ficaram martelando na minha cabeça.
Dante estava pronto para agir contra Hector, mas o que isso realmente significava? Uma emboscada? Mais tiros? Mais sangue?
Sentei-me na beira da cama e pressionei os dedos contra as têmporas. Minha vida inteira estava fora de controle.
Antes de conhecer Dante, eu passava os dias ensinando crianças, corrigindo provas e planejando atividades escolares. Agora, eu segurava armas, fugia de emboscadas e via pessoas sangrando na minha frente.
Pior ainda: eu atirei em alguém.
Uma batida na porta me tirou dos meus pensamentos.
— Entre.
Dante apareceu, encostando-se no batente da porta. Ele me olhou por um momento antes de entrar e fechar a porta atrás de si.
— Você não dormiu.
— E você dormiu?
E