O estampido do tiro cortou a escuridão, seguido por um grito abafado. O primeiro inimigo caía, mas o silêncio que veio depois foi ainda mais aterrorizante. Beatriz sentiu o coração acelerar, suas mãos suadas apertando a arma com força. O verdadeiro ataque ainda estava por vir.
Helena se moveu rapidamente para a janela, espiando através das frestas de madeira.
— Eles se espalharam. Estão tentando nos cercar. — Sua voz era tensa, mas controlada.
Fernando engoliu seco, carregando sua espingarda.
— Precisamos impedi-los de entrar. Se tomarem a cabana, estamos mortos. — Ele disse, sua voz carregada de cansaço e determinação.
Samuel pegou um coquetel molotov improvisado, acendendo o pavio com calma mortal.
— Então não vamos esperar. — Ele disse, antes de lançar a garrafa em direção à floresta.
O vidro se estilhaçou ao tocar o chão, e em um instante, o fogo se espalhou entre os arbustos secos. As chamas iluminaram as sombras, revelando pelo menos cinco homens armados se movendo furtivamente.