A floresta ao redor parecia se fechar sobre eles, sombras se alongando a cada passo enquanto avançavam pela trilha estreita. O som da batalha ainda ecoava ao longe, mas Beatriz sabia que não podiam parar. O sangue quente em suas mãos, misturado à dor latejante do ferimento no ombro, era um lembrete cruel do que estavam enfrentando.
Davi tropeçou, seu corpo cedendo por um segundo. Beatriz o segurou, seus braços tremendo pelo esforço de mantê-lo de pé.
— Estamos quase lá. — Ela sussurrou, tentando convencê-lo, e a si mesma, de que havia um fim para aquela fuga.
O silêncio foi rompido por um estrondo ensurdecedor.
Uma explosão iluminou o céu atrás deles, um clarão laranja devorando parte da floresta. Helena, Samuel e Fernando ainda estavam lutando. Mas por quanto tempo mais conseguiriam resistir?
Beatriz apertou os olhos, tentando ignorar o desespero que ameaçava sufocá-la.
— Temos que voltar! — Davi disse entre dentes, tentando se afastar dela.
Beatriz segurou seu rosto, os olhos ardend