O cheiro de fumaça e pólvora ainda impregnava o ar quando Beatriz e os outros se afastaram da cabana, a escuridão da floresta os engolindo por completo. Os galhos secos se quebravam sob seus pés, mas o som dos tiros e gritos atrás deles ofuscava qualquer outro ruído.
Davi gemia contra seu ombro, a febre ainda alta. Beatriz sentia sua respiração fraca, cada passo um esforço para mantê-lo em segurança. Fernando mancava ao seu lado, e Helena os liderava, a espingarda ainda firme em suas mãos.
— Não podemos continuar assim. — Samuel murmurou, ofegante. — Precisamos encontrar um abrigo.
Helena assentiu, apontando para um pequeno morro mais adiante.
— Há uma caverna ali. Não é ideal, mas nos dará cobertura até pensarmos no próximo passo.
Beatriz olhou para Davi e assentiu. Ele precisava de descanso. Precisava de tempo.
O grupo seguiu em silêncio, cada um carregando suas próprias dores e cicatrizes. Quando finalmente chegaram à caverna, Helena acendeu uma pequena tocha improvisada, revelando