O silêncio da floresta era sufocante. O vento sacudia as copas das árvores, fazendo as sombras dançarem de forma ameaçadora. Beatriz manteve-se imóvel, cada músculo de seu corpo tenso, os olhos cravados no breu que se espalhava à sua frente. As sombras se moviam lentamente, quase como se testassem sua paciência.
O coração dela martelava no peito, cada batida um lembrete de que estavam vulneráveis, expostos, fracos demais para outra fuga. Davi não tinha forças para se defender e Fernando não estava ali para ajudá-los. Era apenas ela, sozinha contra o desconhecido.
Um galho estalou mais perto desta vez. Beatriz segurou a respiração e ergueu a arma, apontando-a na direção do som. Seus dedos estavam firmes, mas um suor frio escorria pela nuca. Ela sabia que se hesitasse, poderia ser o fim.
De repente, um vulto emergiu da escuridão.
Beatriz sentiu o corpo inteiro reagir, e seu dedo se moveu sobre o gatilho, pronta para disparar. Mas então, a luz pálida da lua revelou um rosto familiar.
— F