O som dos tiros ecoava como trovões na noite escura. Beatriz apertou ainda mais a mão de Davi, sentindo o suor frio escorrer por sua nuca. O tempo parecia escorrer por seus dedos, e a respiração de Davi ficava mais fraca a cada segundo.
— Segure firme, Davi. Não me deixe. — Ela sussurrou, seus olhos cheios de lágrimas que se recusavam a cair.
A enfermeira trabalhava rapidamente, costurando a ferida aberta com precisão, mas o franzir de sua testa denunciava a gravidade da situação.
— Ele está muito fraco. Se não conseguirmos sangue para ele logo, vai ser tarde demais. — Ela murmurou, limpando o excesso de sangue com as mãos trêmulas.
Beatriz sentiu o desespero apertar seu peito. Ela não podia perder Davi. Não agora, não depois de tudo.
Lá fora, o barulho dos tiros diminuiu. O silêncio que se seguiu foi ainda mais assustador. Fernando estava bem? Ou os inimigos haviam vencido?
De repente, passos pesados ecoaram do lado de fora da cabana. Beatriz segurou a arma com as mãos trêmulas e se