49. Um plano digno dos Monteiro de Alcântara

Álvaro estava ocupado demais devorando a boca de uma morena para prestar atenção ao tempo. As mãos dela serpenteavam por seu peito, unhas arranhando levemente sua pele por cima da camisa aberta. O cheiro adocicado do perfume dela misturava-se ao gosto do licor em sua língua. Era uma boa distração. Um passatempo enquanto Vicente fazia sua parte.

Mas então ele viu.

Isadora.

Descendo as escadas com passos incertos, os cabelos desgrenhados, a boca manchada de batom — e não era o dela.

Álvaro ergueu uma sobrancelha, afastando-se da mulher em seu colo com um meio sorriso.

— Algo errado? — ela perguntou, ronronando contra sua pele.

— Só preciso resolver uma coisa, querida. — Ele deslizou os dedos pelo queixo dela e se afastou, já focado na mulher que descia os degraus.

Ele precisava ver para onde aquela desgraçada ia.

***

Isadora caminhava com um misto de altivez e torpor. O álcool a fazia vacilar, mas não a ponto de apagar a segurança de seus movimentos. Ela ainda sabia on
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