50. Buscando reforços 
O silêncio que se seguiu foi denso, carregado de tensão e expectativa. Cecília esfregou os braços, como se tentasse afastar o frio que vinha de dentro. Max estava vivo. Essa era a única informação que importava para ela. Mas a que custo?
  — Você viu ele, Álvaro? — Sua voz saiu trêmula.
  Álvaro trocou um olhar breve com Vicente antes de se levantar e se aproximar da irmã. Seu sorriso debochado havia sumido, substituído por algo mais sério.
  — Vi. E não vou mentir para você, Cecília. Ele estava um trapo. Achei que tivesse morrido ali, mas o desgraçado é duro na queda.
  Ela respirou fundo, tentando manter o controle.
  — Acha que ele aguenta até amanhã?
  Álvaro hesitou por um momento antes de responder.
  — Ele vai ter que aguentar.
  Cecília levou uma das mãos ao rosto, sentindo o peso da angústia. Vicente, que até então analisava mentalmente os próximos passos, pigarreou e se levantou.
  — Vou sair agora. Preciso garantir que teremos reforços.
  — Essa gente não se mexe tão rápido