capítulo 39

O quarto ainda tremia.

Não de som. Mas de resquício.

Do caos que a gente tinha acabado de explodir ali.

Ela caiu pro lado, o corpo suado, os cabelos colando no rosto, a respiração descompassada como se tivesse corrido da própria lucidez.

Eu fiquei por cima um segundo a mais.

Só olhando.

Como se aquele corpo fosse a porra da minha religião.

Tirei devagar.

O pau ainda duro, quente, marcado.

Tirei a camisinha, amarrei com calma, levantei sem dizer nada e joguei no lixo como quem descarta munição usada.

Voltei pra cama, sentei na beira, o cigarro entre os dedos, e o gosto dela ainda na boca.

Ela virou de lado, me encarando.

Mas não falou.

Porque sabia.

Sabia que o peso do que a gente fez não tava só no lençol suado.

Tava no que vinha depois.

Traguei fundo.

Soltei a fumaça devagar, sem pressa.

— “A tua coronel quer minha cabeça.”

Ela fechou os olhos por um segundo.

Mas não fugiu.

— “Ela vai tentar te derrubar, Caio. Do jeito mais sujo. Com mídia, com denúncia, com san
Sigue leyendo este libro gratis
Escanea el código para descargar la APP
Explora y lee buenas novelas sin costo
Miles de novelas gratis en BueNovela. ¡Descarga y lee en cualquier momento!
Lee libros gratis en la app
Escanea el código para leer en la APP