capítulo 25

NARRADO POR ALANA

(a mulher que odeia perder até quando já se entregou)

— “Tu é um desgraçado...” — falei entre o gemido preso e o orgulho em ruínas.

Ele riu. De novo.

Mas dessa vez não foi só escárnio.

Foi vício.

— “Desgraçado que tu gosta...” — ele sussurrou no meu ouvido, com a boca encostando na curva do meu pescoço. — “Finge que me odeia, mas tá molhada desde a hora que viu a Aziza me abraçar.”

Mordi o lábio com tanta força que quase sangrou.

— “Vai se foder, Caio.”

— “Já tô.” — ele rosnou. — “Fodendo tua cabeça, tua calma, teu controle de farda. Tu quer me prender, Alana? Vai ter que algemar o próprio corpo primeiro.”

A respiração dele vinha quente, desgraçada, ritmada no meu pescoço.

E antes que eu explodisse — ou implorasse — ele se afastou.

Do nada.

Soltou a cintura.

Soltou o cabelo.

E se afastou com aquele ar de quem terminou um jogo que nem começou de verdade.

— “Tô indo tomar banho.” — disse, virando as costas. — “Se quiser continuar me xingando, bate na porta. Mas entra s
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