Ela ficou ali.
Parada.
Esperando.
E eu… eu continuei fingindo que era só concreto. Só casca. Só blindagem.
Mas por dentro, cada palavra dela batia como se fosse pancada de fuzil no meio da cara.
"Decide, Muralha."
O jeito que ela disse aquilo…
Não foi cobrança.
Foi desafio.
Foi quase um pedido.
Ou talvez só cansaço.
A mulher que tava ali na minha frente não era a mesma que fugiu com a farda apertada e o coração desabando. Essa era outra. Mais dura. Mais fria. Mais parecida comigo do que eu gostaria de admitir.
E ainda assim…
Ainda assim era a única que me fazia esquecer que eu tinha virado pedra.
Joguei o cigarro fora.
Pisei em cima.
Encostei a cabeça na parede e fechei os olhos.
— “Tu não entende, Alana…”
— “Então me explica.” — ela cortou, firme. — “Porque eu tô aqui. E eu aguento ouvir.”
Abri os olhos devagar.
— “É que se eu deixar tu ficar… eu vou querer que tu fique de verdade.”
Ela engoliu seco.
Não respondeu.
Então continuei, mais baixo, quase num sussurro:
— “E se tu ficar… tu