capítulo 56

O galpão tava num silêncio tão doente que até o chão parecia segurar a respiração.

O Galo tentava manter o olhar firme, mas a testa já suava. A mão tremia perto da cintura. Ele sabia.

Só não sabia o quanto eu sabia.

Dei mais um passo pra frente. O som da bota arranhando o concreto foi como tiro seco.

Todo mundo piscou menos eu.

— “Tu lembra da operação que quase levou a Alana?” — minha voz saiu baixa.

Mas não era calma. Era faca embainhada, pronta pra cortar.

O Galo congelou. Tentou desviar o olhar, mas eu fui atrás com os meus.

— “Lembra, né? Aquela que entrou sem aviso. Sem rádio oficial. Sem reforço. Sem lógica.”

Parei na frente dele, agora a centímetros.

— “Segundo o Diguinho, só DOIS sabiam da movimentação: tu… e ele.”

O Galo engoliu seco. A boca abriu um pouco. Mas eu continuei.

— “E segundo tu MESMO… tu pegou uma transmissão, né?”

Fingi pensar.

— “Engraçado… porque o rádio da Força Tática só libera acesso se alguém passar o código. E pra ter esse código, ou tu tra
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