capítulo 57

📕 Capítulo — O Galo Canta e Morre

Narrado por Muralha

O cheiro do galpão mudou.

De suor e medo… pra ferro, madeira velha e sangue fresco.

Eu sentia. Na pele, no dente, no osso.

A traição tem cheiro. E o Galo tava exalando desde que pisou ali.

A cadeira estalava a cada tremedeira dele. A madeira aguentava, mas a alma já tinha quebrado.

Me agachei.

Fiquei de frente pra ele. Rente. Sem pressa.

— “Te dou uma chance, Galo. Uma. Pra sair daqui inteiro.” — falei.

Ele chorava.

Não era lágrima de remorso. Era de desespero. De saber que o fim vinha com meu rosto.

— “Fala o nome. Fala quem mandou. Fala tudo.”

Ele balançou a cabeça, ainda tentando fingir controle. O orgulho dos fracos é sempre o primeiro a cair.

Eu não ameacei mais. Só levantei o alicate.

Devagar.

Com a calma de quem já matou por menos.

— “Foi a CORONEL, porra!” — ele gritou, antes que eu encostasse.

A palavra bateu no galpão como granada.

— “A Coronel Daniela! Ela me pegou faz mais de ano.
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