PH
O som do choro de Ryan ecoando pela casa cortou meu coração. Desci as escadas, encontrando o menino agarrado às pernas de Fernanda, com os olhinhos vermelhos e marejados.
— O que aconteceu? — Perguntei, a preocupação na voz.
— Ele ouviu a discussão de vocês. — Fernanda me olhou com reprovação.
Sentei-me ao lado de Ryan e o abracei forte.
— Ei, campeão. O papai e a mamãe tiveram um mal entendido, mas ja está tudo bem.
Ele me apertou com força, escondendo o rosto em meu peito.
— Papai ama a mamãe? — A pergunta sussurrada de Ryan me atingiu como um soco no estômago.
Não consegui responder, a verdade é que eu não sabia a resposta. Amava a Any? Sim, em algum lugar profundo dentro de mim, o amor ainda existia. Mas a confiança... a confiança era uma cicatriz que ainda doía.
— Vamos tomar café da manhã, meu garotão. A mamãe já vai descer. — Tentei desviar o assunto, levantando com Ryan no colo.
Any desceu pouco depois, o rosto inchado e os olhos vermelhos. Ela evitou me