Nos dias seguintes, a sede da VittaFran parecia mais barulhenta do que o normal.
As pessoas comentavam a chegada de novos franqueados, as mudanças de estrutura, o novo CEO.
Mas, para Lívia, tudo estava… silenciosamente caótico.
Caio continuava aparecendo.
Primeiro, sob o pretexto de “entregar documentos”, depois para “tirar dúvidas sobre o processo de aquisição”.
E, entre um café e outro, sempre encontrava um jeito de tentar conversar sobre o que não devia.
— Eu não vim aqui pra reviver nada — ela dizia, firme. — Só pra garantir que você siga o processo correto.
— Você pode repetir isso quantas vezes quiser — respondia ele, com aquele mesmo sorriso ensaiado. — Mas seu olhar ainda me escuta.
Ela não reagia mais.
Não precisava.
Cada frase dele parecia mais distante do que a anterior.
E, a cada vez, ela percebia o quanto havia crescido.
Na quarta-feira, enquanto revisava um material de treinamento, a porta da sala se abriu.
Rafael entrou, sem aviso.
Camisa branca, mangas dobrada