O livro de Isis foi lançado sem alarde.
Sem coletiva de imprensa.
Sem entrevista exclusiva.
Apenas um post simples, no perfil da Constela, com a imagem da capa e a legenda:
**"Não é um livro de superação.
É um livro sobre quem não precisa pedir desculpas por existir.
Isis, 17 anos, escritora.
Só isso. E tudo isso.”**
Mas o mundo virtual nem sempre respeita o tom das entrelinhas.
Em três dias, o post ultrapassou 400 mil compartilhamentos.
A mídia tradicional, que ignorava a editora até então, agora batia na porta:
— “Vocês podem liberar a autora para uma matéria especial sobre jovens com deficiência que vencem barreiras?”
Aurora respirou fundo.
— Nós não vamos enquadrar a Isis num retrato que ela mesma quis desconstruir.
— Mas é pela visibilidade! Ela vai inspirar tanta gente!
— Não queremos que ela inspire.
Queremos que ela escreva.
Inspirar é consequência. Não obrigação.
Enquanto isso, nas redes, os comentários se dividiam:
“Essa garota é um exemplo!”
“Achei agressiva, podia ser mais