Caminhos Paralelos

Voltei à doceria três dias depois do ateliê. Lorenzo não mandou mensagem depois daquela noite, mas também não precisava. Havia algo mais forte do que palavras circulando entre nós — o tipo de conexão que não se força nem se explica.

Yves tinha ficado resfriado, o que significou noites picadas, lençóis trocados e meu corpo operando no limite da resistência. Ainda assim, depois de deixá-lo com Vanessa e me arrastar pelo expediente, fui para a confeitaria como quem volta ao único lugar onde ainda se sente inteira.

Lorenzo estava lá.

Sentado na mesa do canto, onde normalmente eu me sentava. Uma xícara de chá escuro diante dele, os dedos longos desenhando círculos invisíveis sobre o tampo de madeira. Quando me viu, fez um gesto discreto com a cabeça, convidando sem invadir.

— Achei que você ia sumir — disse, assim que me aproximei.

— Achei a mesma coisa de você.

Ele sorriu. Menos do que um sorriso. Mais como um reconhecimento.

— Quer sentar?

Sentei. Liam nos observava de lo
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