Capítulo 37

Cheguei à escola com o coração na garganta, o sol da tarde lançando sombras longas e distorcidas pelo asfalto. O carro de Rafael, que eu estava dirigindo, cantou pneus na curva. Meus olhos varreram a fachada da escola, buscando qualquer sinal de Emma. Vi Rafael já na porta principal, a postura tensa, os braços cruzados sobre o peito, o rosto vincado pela angústia. Ao lado dele, dois policiais em uniforme conversavam com a diretora, suas expressões sérias e preocupadas. O ar estava pesado, denso, carregado de um medo silencioso que ecoava em cada canto.

Desci do carro apressadamente, minhas pernas bambeando levemente. Corri até Rafael, sentindo o nó na garganta se apertar ainda mais ao ver a aflição estampada em seu rosto. Seus olhos estavam vermelhos, e ele passava as mãos pelos cabelos incessantemente, um gesto de puro desespero.

— Rafael! Alguma notícia? — minha voz saiu quase inaudível, rouca pelo pânico.

Ele me abraçou forte, um aperto desesperado que transmitia todo o seu terror.
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App