Escutar Rita nos repreendendo na frente de Emma — com aquela voz carregada de veneno sobre estarmos juntos e, de alguma forma, sujando a imagem de Jeniffer — não me fez arrepender de tê-los convidado. Pelo contrário. Só fez uma raiva fria e calculada subir pela minha espinha, uma fúria por ela não saber o seu devido lugar. Eu não queria prolongar aquela cena. Não queria que a inocência de Emma fosse maculada pela maldade de uma adulta, por fofocas e insinuações baratas.
— Rita, com todo respeito, mas a nossa vida não é da sua conta — falei, minha voz surpreendentemente calma, mas com uma firmeza que não deixava margem para dúvidas. Abri mais a porta, um convite silencioso para que ela saísse.
— Acho que já está na hora de você ir embora.
Ela me lançou um último olhar carregado de desprezo, os lábios finos e apertados em uma linha dura. Seus olhos faiscaram com uma raiva que eu não conhecia, um ódio cru que me fez sentir um calafrio. Mas ela se virou e saiu, a porta se fechando su