Capítulo 21
Rafael me deixou de carro em frente à floricultura. O silêncio respeitoso que pairou entre nós durante o trajeto foi compreensível. Eu não podia manter a loja fechada por muito tempo, ainda mais agora, com as novas responsabilidades que a sociedade com Dona Nilda trazia.

O dia transcorreu como de costume: a chegada de flores frescas, os arranjos delicados tomando forma, os clientes entrando e saindo. No entanto, entre o aroma doce das rosas e o verde vibrante das folhagens, a imagem de Emma encolhida naquele armário escuro não saía da minha cabeça. A fragilidade dela, o silêncio nos olhos... era impossível ignorar.

Ela ia precisar de uma força imensa para seguir em frente sem a mãe. E eu sinceramente esperava que conseguisse. Que, de alguma forma, achasse um caminho para lidar com a saudade e, aos poucos, reconstruir sua alegria.

Fechei a floricultura quando o céu já era um quadro de tons alaranjados e roxos. Uma pontada de inquietação me atravessou o peito. Emma. Como ela estaria?
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App