A cada dia que passava, a barriga de Talita se tornava mais proeminente, marcando a chegada das vinte e duas semanas de gestação. Fernando, por sua vez, demonstrava uma crescente impaciência em relação à realização do exame de DNA. Talita, desde o tenso episódio em sua casa, percebia que o único tópico de conversa entre eles girava em torno do bebê que esperava, uma constante lembrança da fragilidade de sua situação.
Uma semana antes, durante o exame de ultrassom que revelou o sexo do bebê, era uma menina. Fernando a acompanhou, mas sua frieza era visível com Talita. Apesar das tentativas dela em engatar conversas amenas, ele mantinha o foco estrito na gravidez, como se a criança fosse a única ponte entre eles. A bomba, contudo, explodiu assim que saíram da clínica