— Por que eu não posso, Gabriela?
— Você tem que me escutar, por favor. — Suplicou Gabriela, o tom de voz embargado pela emoção e pelo receio.
Fernando levantou-se da cadeira, sentindo uma necessidade de correr atrás da verdade que sua irmã tanto parecia querer ocultar. A atitude dela apenas confirmava sua intuição de que era crucial desvendar o mistério que envolvia os seus pesadelos. Agarrou sua bolsa a tiracolo com um movimento brusco, determinado a seguir para sua sessão de terapia.
— O que aconteceu de tão grave em meu passado que vivo atormentado com esses pesadelos há anos, Gabriela? Preciso me livrar dessa angústia constante para ter paz em minhas noites de sono. Tenho o direito de saber a verdad