Avery Welles é uma romântica incorrigível. Leitora fiel de clássicos do amor, ela acredita que o amor de verdade não se compra e sentimentos verdadeiros não têm preço. Quando ouve a namorada interesseira de seu chefe Logan Brythe reclamar sobre o novo carro de luxo que ele a presenteou, não consegue conter a frustração. O problema é que seu desabafo chega aos ouvidos errados. Ao ser chamada à sala do chefe, ela espera por sua demissão. Mas Logan tem outra ideia: ele quer que Avery lhe ensine o que é amor de verdade. Não o tipo comprado com dinheiro, mas o que ela parece conhecer tão bem. Será mesmo que Avery é capaz de ensinar o senhor Brythe a amar?
Leer másEPÍGRAFE
"Não é sobre oferecer tudo. É sobre oferecer o que importa." AVERY WELLES “Logan Brythe e sua namorada Elle Holt aproveitam a nona viagem do ano na ensolarada Barbados“ Meu nariz se torce de desgosto enquanto jogo a revista na lixeira de metal aos meus pés. Nona férias? Meu chefe é ridículo! — Bom dia, senhora Miles. A senhora está aqui pelo senhor Brythe ou pelo senhor Miles? — cumprimento a mulher mais velha que aparece na minha frente. Seus lábios vermelho-rubi se abrem em um sorriso largo enquanto ela tira as luvas de couro pretas e as guarda na bolsa de grife Gucci. Ela é a mãe do meu chefe Lucian Miles e tia do senhor Brythe. — Quantas vezes, Avery? — ela ri. — É Laura. Estou aqui pelo Lucian, ele está por aí? — Tenho que ser profissional, né? — sorrio para ela. — Me dá dois minutos e eu ligo para ele. Ele estava em reunião às onze, mas tenho quase certeza de que já terminou. Quer um café enquanto espera? Laura balança a cabeça. — Não, querida, obrigada. Só diga a ele para não deixar a mãe esperando, ele vai me pagar o almoço. Concordo com a cabeça e disco o número do escritório do senhor Miles, passando a informação para sua assistente. Ouço Laura suspirar da área de estar em frente à minha mesa, levanto a cabeça e dou uma olhada no que ela está lendo, exatamente a mesma revista que eu tinha jogado no lixo, junto com uma casca de banana e um desenho de boneco palito do meu horário de almoço. — Triste, não é? — diz ela, folheando até encontrar a página dupla. — É quase como se ele fosse completamente cego em relação a ela. Mantenho a boca fechada, contendo meus pensamentos sobre a situação, embora estivessem prestes a transbordar. Ele era meu chefe, eu não podia arriscar minha posição no único emprego estável que já tive, deixando minha boca grande falar sozinha. Principalmente para a tia amorosa que era mais como uma segunda mãe para ele. O elevador apitou e as portas se abriram. — Mãe. O humor de Laura melhorou imediatamente quando ela largou a publicação de fofocas e se levantou. Sua estrutura pequena foi engolida pelo físico muito mais alto e largo do filho. Meu coração se aqueceu. — Eu estava pensando que você me faria esperar. — Bem, me disseram que eu estava sob ordens estritas de não fazer isso. — o senhor Miles olhou por cima do ombro dela para a revista e estreitou os olhos ao ver as manchetes. — Alguém parecia feliz. — Alguém parecia não ter escolha. — murmura Laura, pegando sua bolsa do chão e colocando-a na curva do braço no momento em que o telefone da recepção tocou. — Boa tarde, Sede da JD, aqui é a Avery. Como posso ajudar? — Avery. — o porteiro ofegante se apressa, os dentes batendo levemente por causa do frio intenso de outubro. — Escute, você sabe que eu nunca passo por aqui, mas houve uma entrega no hall de entrada para o senhor Brythe e a funcionária responsável acabou de voltar para casa doente. Seria pedir demais que você viesse buscá-los? — Já desço, deixa eu chamar alguém para me substituir. — digo a ele, ouvindo o suspiro de alívio. Todos sabiam que, assim que uma entrega chegava, precisava ser enviada imediatamente para o andar superior, para o senhor Brythe. Nosso último entregador sofreu as consequências depois de entregar papéis atrasados ao senhor Brythe e arriscar um contrato importante. Ele foi demitido na hora. — Ela está doente de novo? — ouço o senhor Miles perguntar enquanto disco o número do escritório da Lisa. Ela era a contadora do andar de cima, mas também a recepcionista reserva para quando eu ia almoçar ou ir ao banheiro.Concordo com a cabeça e ele encolhe os ombros. — É a quinta vez nas últimas duas semanas que ela foi para casa doente, o Logan já a avisou. Vá, eu fico aqui. Você não se importa, né, mãe?
Laura balança a cabeça, sentando-se novamente na cadeira caríssima de veludo vermelho que ocupava a sala de espera lindamente iluminada e arejada. Agradeço e corro para o elevador, chegando bem a tempo. Eu odiava elevadores. A música horrível e assustadora, os silêncios constrangedores e assustadores, sem esquecer o medo avassalador de ficar presa lá dentro após um colapso repentino. Mas eu não conseguia ouvir a música, e certamente não era silencioso, porque ao entrar fui recebida pela própria Barbie ambulante de um milhão de dólares, a senhorita Elle Holt. Só os sapatos dela valiam mais do que todo o meu guarda-roupa, e a roupa dela provavelmente custava mais do que o meu apartamento. — Hum, dez dias não foram suficientes. Eu mal consegui um bronzeado. Senti uma vontade repentina de revirar os olhos, sabendo muito bem que ela estava falando sobre sua última aventura na ilha caribenha com o senhor Brythe. O senhor Brythe e Elle Holt eram o assunto da cidade. O pai dela era um bilionário que se fez sozinho, a partir de então, empurrando os filhos para uma vida de luxo. Ela e o senhor Brythe estão namorando há pouco mais de cinco meses, mas, tirando as fotos ocasionais em revistas, eu nunca os tinha visto juntos. Ela riu de repente e meus ouvidos não conseguiram parar de escutar, mesmo que minha mãe me desse um tapa na nuca por fazer isso. Boas maneiras. — Vou buscá-lo amanhã, é um Mercedes conversível. Uma versão melhor que a dele, mas ele pediu a cor errada. Quem dirige um carro preto normal? Que chato... — o desgosto escorre da língua dela. Eu bato o pé, meus dedos grudados uns nos outros, enquanto observo o número de andares passar lentamente. Maldição, estar no décimo quarto andar. Ela ri de novo. — Bem, isso vai ensiná-lo a reservar uma viagem mais longa. Ele se safou com o carro sem problemas, eu poderia ter pedido um jato combinando. Meus olhos se arregalaram. Jato? Tipo um jato particular? — Tem gente que realmente se contenta com pouco... emprego de recepcionista, sapato gasto, roupas de brechó. Triste. — Elle disse com um risinho debochado, sem sequer me olhar diretamente. Parei no mesmo instante. Meu corpo inteiro se enrijeceu. Me virei devagar, Elle estava com um sorriso de canto, os braços cruzados, e me olhou com fingida surpresa quando nossos olhares se cruzaram. — O que você disse? — perguntei, a voz baixa, e meu sangue fervendo sob a pele. Ela deu de ombros, o olhar cínico cintilando sob os cílios longos. — Eu? Nada. Mas, se a carapuça serviu... E saiu do elevador antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, os saltos batendo com força contra o chão de mármore como se desafiassem o mundo inteiro e eu junto.AVERY WELLES — É com grande honra que os declaro marido e mulher. A reunião de todas as quarenta pessoas explodiu em aplausos de alegria. Amigos e familiares voaram para a ilha para testemunhar essa incrível bênção se desenrolar diante deles. Uma segunda chance para ambos. Papai sentou Ju e eu numa tarde de final de agosto, nos servindo um bolinho de chocolate doce, como fazia quando éramos crianças. Ele nos explicou como se fôssemos crianças, como se precisasse justificar por que era digno de amor e por que queria nos pedir permissão para o casamento. Nós o abraçamos, chorando de felicidade nos ombros um do outro. Nossa mãe nunca seria substituída, nunca, mas papai não merecia ficar sozinho. Teresa ficou muito feliz quando Logan e eu oferecemos nossa casa na Itália para o casamento, e ficou ainda mais animada quando Ju e eu quisemos ajudar com os planos. À medida que as coisas começavam a mudar da cerimônia doce para a recepção ao pôr do sol, encontro o cabelo grisalho ent
AVERY WELLES Debruço-me na varanda, minhas mãos segurando a xícara de chá quente que preparei enquanto Logan ainda estava aconchegado entre os lençóis. — Aí está você — ouço sua voz sonolenta e grogue atrás de mim. Sorrio imediatamente quando seus braços envolvem meus quadris e ele beija minha nuca. — Por que você acordou tão cedo? — Eu não queria perder isso Ficamos em silêncio por mais um tempo, absorvendo a visão gloriosa. — Tenho outra surpresa para você mais tarde. — Acho que não consigo lidar com mais surpresas. — Só mais uma — ele diz, beijando-me abaixo da orelha. — Vamos dormir mais uma ou duas horas. Deixo que ele me puxe de volta para a cama, colocando a xícara de chá na cômoda no caminho e tirando a camiseta de Logan antes de me deitar ao lado dele e me aconchegar em seu peito nu. Não sabia o quanto estava exausta até ser despertada novamente. — Bom dia. — Logan sorri. Ele carregava a bandeja e acenou com a cabeça em direção à varanda, me dando um segu
AVERY WELLES — Parabéns para você. — um tom suave e gentil sussurra em meu ouvido e me desperta do meu sono reparador. — Parabéns para você. — A voz continuou enquanto eu sorria no conforto do meu travesseiro macio, e um beijo doce repousava em meu ombro. — Feliz aniversário, minha doce esposinha. — Cantarola dando uma risadinha. — Parabéns para você. Finalmente me viro de costas, abrindo os olhos para o lindo raio de sol que pairava sobre mim. Seus olhos caramelo estavam perfeitamente transformados em ouro pela luz que enchia o ambiente com um calor glorioso, embora não fosse a única coisa que aquecia minha pele. — Obrigada. — digo, rouca, tocando seu queixo. — Sinto cheiro de panqueca? Suas sobrancelhas se arqueiam. — Muito impressionante, Sra. Brythe. — Ele se aproxima para um selinho rápido. — Agora… café da manhã na cama? Balanço a cabeça. Eu não gostava de comer na cama, a ideia de migalhas nos lençóis me dava coceira. Me afasto do meu refúgio e prendo o cabelo no a
AVERY WELLES Minha pele parecia encharcada de combustível, e seus beijos eram o isqueiro que acendia o caminho que se estendia do meu pescoço até o peito, me envolvendo completamente em uma onda de prazer ardente. Eu tremia, sentia minhas pernas apertando em volta da cintura dele enquanto seus beijos salpicavam o vale dos meus seios. — Eu imaginei isso — ele murmurou contra minha pele, causando um arrepio involuntário. Ele beijou por baixo do bojo do meu sutiã. — Todas as noites, eu imaginei você aqui. Minhas mãos por todo o seu corpo, te tocando, te beijando.Apertei os lençóis com força quando ele passou a língua travessa, pelo pedaço de renda transparente que tentava proteger meu mamilo ereto, que pulsava com a sua proximidade. Eu tinha certeza de que meus olhos estavam pesados de desejo quando se abriram e o fitaram, sentindo meu estômago revirar com a paixão com que ele me encarava.— Senti sua falta. — ele repetiu pela enésima vez. Beijou meu umbigo até a altura dos lábios e,
AVERY WELLES De nós duas, Ju não era a mais emotiva. Ela era mais teimosa e tinha um coração de aço. Quando eu chorava feito um bebê por causa de "Marley e Eu", ela revirava os olhos e jogava pipoca na minha cabeça. Em comerciais de Natal na TV, ou mesmo naqueles que tentam te convencer a adotar um burro doente ou um orangotango abandonado na África, ela nem pestanejava enquanto eu me encolhia num canto e soluçava.Então, quando ela olhou para o encosto do sofá e gritou para Paul perguntar quem estava na porta, o grito que escapou de sua garganta foi o suficiente para me fazer chorar também. Ela mal conseguiu chegar à beira do sofá quando eu a agarrei quase completamente e me prendi a ela como se ela fosse uma espécie de bote salva-vidas.— Como? Quando? Você não deveria ter voltado na semana que vem.— Ela nos surpreendeu, mamãe! — Contive uma risada enquanto Paul pegava Katy no colo.— Você não achou que eu conseguiria ficar em outro país sem correr para ver meu novo sobrinho, acho
LOGAN BRYTHE — Tem certeza disso? Sério, Logan, você pode simplesmente trazê-la para casa. Ficaremos bem.— Ju, descanse um pouco. — digo ao telefone, enfiando a mão no bolso da calça jeans. — A Katy e eu ficaremos bem por algumas horas. Vou até preparar o jantar para ela e deixá-la em casa antes do banho, tudo bem? Só descanse. Dê um beijo naquele meu sobrinho lindo e te vejo em breve. Ok?Ela suspira.— Você é mesmo um tesouro. Obrigada. Te devemos uma.— Nota: para ser babá no futuro — brinco com ela. O sino toca alto e estridentemente, e espero pacientemente que o feixe de energia irrompa pelas portas.— Tio Logan!Seu grito estridente e agudo faria gelo derreter se aqueles olhos azuis incríveis e cachos loiros e saltitantes não fizessem primeiro. Ela sai da escola e segura as alças da mochila de O Estranho Mundo de Jack, que era quase maior que ela.— Olá, moça bonita.— sorrio. — Teve um bom dia?— Olha! A professora me deu dois adesivos! — Katy sorri com uma enorme alegria nos
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