AVERY WELLES
A garçonete retorna, inclinando-se assustadoramente na direção de Logan enquanto serve seu café com leite. Eu sorrio para ele, arqueando uma sobrancelha enquanto seus olhos me encaram diretamente. Agradecemos a ela, mas nunca desviamos o olhar um do outro.
— Você parecia assustado.
— Achei que ela ia me dar uma surra de peito.
Minha risada foi alta, tão alta que desviei a atenção da senhora idosa carrancuda sentada num canto distante, do empresário irritado sentado no balcão de café da manhã perto da janela e até mesmo do olhar assustado da garçonete escondida atrás da caixa registradora. Cubro os lábios com as mãos, meus ombros ainda tremendo. Logan também ri, só que não tão alto quanto eu.
— Você me surpreende — ele diz, e sinto um arrepio avassalador e indescritível percorrer meu peito. Suas palavras inocentes me fizeram sentir uma gelatina. — Como você consegue captar a aura de alguém com tanta perfeição e rapidez? É incrível. Como você consegue? Deve haver algo, ou