– Nunca confiei nele. Vamos continuar ouvindo. – Camila falou, seu tom de voz grave e com um toque de desconfiança. Ela estava começando a ligar os pontos, mas a revelação a deixou igualmente chocada.
Voz feminina: – Vou colocar um fim nisso. Vou matar aquela vadia da Lorena.
Lorena sentiu o sangue gelar. Ela apertou os punhos, enquanto a voz de uma mulher continuava a ecoar em sua mente.
– Eu já disse que você não vai encostar um dedo na Lorena. – A voz de Matt estava mais calma, mas ainda com um tom firme.
Voz feminina: – Se você não sair da minha frente, mato você e ela. Essa vadia está te deixando fraco, você está esquecendo de quem você realmente é por causa dela. – Ela disse com uma raiva clara em sua voz.
– Você não sabe do que está falando. – Matt falou, claramente irri
Stella, do lado de fora, ainda mais ameaçadora — Lorena, abra essa porta. Sei que você está aí dentro. Não vai aparecer não? Se você não sair daí eu vou começar a matar um por um nesse hospital! – Stella gritou com uma raiva que parecia atravessar as paredes.Rick, com a voz agora mais grave, já sabendo da situação — Lorena, é a Stella? – Ele perguntou, já sentindo o perigo.Lorena, com o medo tomando conta de seu corpo — Sim... Rick, eu estou com medo. – Ela respondeu, a voz quebrando um pouco.Rick, tentando acalmar e ao mesmo tempo avisar — Lorena, fique escondida. Não abra essa porta. Eu estou chegando.Lorena sentiu o peso das palavras dele, sabendo que Rick não estava brincando. A sensação de alívio misturado com medo a dominava.— Cami, o Ric
Dentro do hospital...O ambiente dentro do hospital estava tenso e opressor. Stella, furiosa e determinada, havia finalmente conseguido abrir a porta da sala onde Lorena e Camila estavam se escondendo. Porém, as duas, com instinto de sobrevivência, conseguiram escapar rapidamente pela janela antes que Stella as alcançasse. O cheiro de desinfetante misturado com o medo estava no ar, e o som dos passos apressados de Lorena ecoavam pelos corredores deserta, interrompidos apenas pelos gritos ameaçadores de Stella.— Não fuja, Lorena! Não fuja, porque vai ser pior... — Stella, gritando, com raiva.Lorena corria, a respiração entrecortada pela tensão. Suas lágrimas desciam, misturadas ao suor da correria, mas ela não podia parar. As pernas tremiam e o coração batia forte no peito, como se quisesse saltar. O medo tomava conta dela, mas a necessidade de escapar a mantinha em movimento.— Sua vadia, filha de uma...
Quando Rick vira o corredor, vê – Stella, empurrando a porta. Eles correm o mais rápido que pode. Quando chega na porta, ele vê Stella com a arma apontada diretamente para Lorena. O ambiente estava pesado, a tensão no ar era palpável. O som dos passos de Rick se misturava com os gritos de Stella, e a situação parecia se arrastar em câmera lenta.– Stella, larga a arma! – Rick gritou, a voz cheia de autoridade, mas também de desespero.Stella, ao ouvir a voz de Rick, virou-se lentamente, um sorriso torto no rosto, mas com os olhos cheios de raiva.– Que bom que você está aqui, Rick. Assim, pelo menos, você vai ver o que vou fazer com essa vadia. Vou matar ela. – Ela falou com veneno nas palavras.– A única que vai morrer aqui hoje, é você Stella.Rick, sem hesitar, fez o que era necessário. Ele rapidamente puxou a arma e atirou, acertando a mão de Stella, fazendo com que a arma caísse no chão.– Desgraçado! Você atirou em mim! Você não tem coragem de me matar, sabe que não pode fazer is
Rick se aproximou do seu carro, estacionado em frente ao hospital, com o cheiro de pólvora e sangue ainda no ar. A manhã estava fria, e o silêncio, interrompido apenas pelos passos apressados de alguns policiais e médicos, parecia pesar sobre ele. Gustavo havia levado Lorena até o carro, e Rick sentiu uma mistura de alívio e angústia ao vê-la ali, viva, mas marcada pelo terror da noite. Ele tirou o terno que estava sujo de sangue, sentindo o peso da tensão diminuir um pouco, mas o medo ainda era palpável.Ao se aproximar de Lorena, que estava sentada no banco do carro, ela se levantou rapidamente, se jogando em seu colo, seus ombros tremendo com o peso das lágrimas que finalmente começaram a cair. O cheiro de perfume suave dela misturado com o leve odor de desinfetante do hospital estava em sua pele, e o toque de suas mãos frias nas dele trouxe um alívio imediato.– Meu amor, calma, já passou. – Ele disse, com a voz rouca e calma, acariciou seus cabelos com carinho, tentando transmitir
Do lado de fora do hospital, o ambiente estava carregado de tensão. Lorena estava abraçada a Rick, sua respiração ainda ofegante, sentindo o calor do corpo dele confortando-a, mas também tentando afastar o medo do que havia acontecido dentro do hospital.Eles estavam em pé na entrada, tentando se recuperar, quando um homem se aproximou. O som das suas botas pesadas no piso molhado ecoava enquanto ele se aproximava, e Lorena olhou para ele.– Rick, meu amigo, se me permite, gostaria de conhecer a sua noiva. – Bruno disse, com um sorriso amistoso, mas cansado.– Claro, meu amigo. Bruno, essa é Lorena. – Ele colocou a mão nas costas dela, quase como se a estivesse protegendo.– Lorena, prazer em te conhecer, apesar das circunstâncias tão... difíceis. – Ele estendeu a mão. Ele parecia tão cansado quanto todos os outros, mas havia algo reconfortante na sua presença.– Prazer em conhecê-lo também, Detetive Bruno. – Lorena, com um sorriso tímido, ainda pr
No caminho de volta para a casa de Rick, Lorena se sentia um pouco mais calma.Lorena estava adormecida no banco do carro, o som suave dos pneus rolando sobre o asfalto quebrava o silêncio da manhã. O ar fresco que entrava pela janela do carro tinha um leve cheiro de chuva, e a cada curva, o silêncio era apenas interrompido pelo som suave da respiração de Lorena. Ela estava em um sono profundo, provavelmente ainda abalada pelos acontecimentos do hospital.Quando o carro finalmente parou em frente à casa de Rick, ele não hesitou. Rick a pegou no colo, sentindo o peso dela em seus braços, e a carregou para dentro da casa. A casa estava silenciosa, com apenas a luz suave das janelas iluminando o caminho até o quarto. Rick a deitou cuidadosamente na cama, e, ao perceber que ela ainda estava profundamente adormecida, decidiu acordá-la com suavidade.— Meu amor, chegamos em casa. — A voz de Rick foi suave, quase como um sussurro.Lorena, ainda com os olhos semi
Ao entrar no escritório, o cheiro de couro velho e madeira polida o envolveu, misturando-se ao leve aroma do tabaco que sempre o acompanhava. Rick se aproximou da mesa de mogno, pegou uma garrafa de whisky e serviu-se generosamente. A bebida desceu quente pela sua garganta, mas não ofereceu o alívio que ele procurava. Sem pressa, acendeu um cigarro, o cheiro do tabaco misturando-se ao do whisky e preenchendo o ar. Ele tragou profundamente, deixando a fumaça escoar lentamente de seus pulmões, os olhos fixos nos papeis sobre a mesa. Os pensamentos eram como pedaços dispersos de um quebra-cabeça, difíceis de conectar. Ele tentava entender o que realmente aconteceu no hospital, o que realmente estava em jogo.O som de um leve toque na porta interrompeu seus pensamentos. Ele não se virou de imediato, apenas levantou a cabeça.— Pode entrar. — A voz de Rick foi grave, sem emoção, como uma cortina de fumaça, apagando qualquer traço de dúvida ou cansaço.A porta se abri
Rick não resistiu e a puxou para um abraço apertado, enterrando o rosto nos cabelos dela e beijando sua cabeça com carinho.— Meu amor, eu te amo tanto. Nem imagino viver sem você. Eu estava desesperado já. — Ele sussurrou, seus braços apertando Lorena de uma forma que parecia proteger, mas também exprimir todo o amor e a dor que ele sentia.Lorena, ainda um pouco emocionada, olhou para ele com ternura.— Eu também tive muito medo, amor. Eu te amo. — Ela disse, com um suspiro, enquanto ele a mantinha em seus braços. — Agora vai se vestir, estou morrendo de fome.Rick soltou um sorriso, percebendo a mudança de foco de Lorena, mas sabia que ela estava precisando desse momento mais leve.— Imagino que esteja com fome, dormiu o dia todo praticamente. — Ele disse, a voz suave, mas com uma leve diversão.Lorena riu suavemente, dando um empurrão carinhoso nele.— Então preciso me alimentar bem, né? — Ela disse, com um sorriso travesso.<