Ao entrarem no salão principal da festa, Lara foi imediatamente envolvida por um ambiente que parecia ter saído de um sonho. Os lustres pendiam do teto abobadado, lançando reflexos dourados sobre as paredes espelhadas. O som suave de um quarteto de cordas preenchia o ar com uma melodia romântica e envolvente, enquanto o perfume sutil de flores frescas — lírios, orquídeas e gardênias — pairava no ar, misturando-se ao aroma delicado do champanhe e dos canapés que circulavam em bandejas prateadas.
A decoração era impecável: tons de dourado e branco se misturavam em detalhes clássicos, com velas altas e arranjos florais distribuídos por todo o salão. Havia um brilho de celebração no ar, mas também um sussurro constante de conversas discretas, cumprimentos entre famílias importantes e olhares avaliadores.
Lara observava cada detalhe com encantamento, até que, entre os convidados, seus olhos encontraram Heloíse. A amiga estava próxima de uma das colunas decoradas com heras e
Enquanto a festa segue animada, Nina se sente cheia de alegria ao olhar ao redor e ver como tudo está perfeito. Ela se aproxima de Lorena, que está radiante em seu vestido elegante.Lorena sorria, conversando com alguns familiares, e assim que viu Nina, abriu os braços com ternura.— Lore, a festa está tão linda, meus parabéns pelos 20 anos de casados — disse Nina, com um sorriso sincero e emocionado.Lorena segurou com carinho as mãos de Nina, os olhos brilhando de gratidão.— Obrigada, Nina. Fico feliz por sermos uma família... Eu, você, Camila. É um presente ter vocês aqui, caminhando comigo nessa jornada.Nina sorriu, apertando as mãos de Lorena com carinho. Era bonito ver que, apesar das circunstâncias difíceis pelas quais todos já haviam passado, o amor e a união ainda eram os pilares daquela família.Nesse momento, o som de passos firmes e ritmados se aproximou da mesa. Era Gael, filho de Camila, com os cabelos bem penteados e um tern
Pensamentos de Lorenzo.Enquanto a música suave preenchia o ambiente com notas envolventes, misturando-se ao tilintar de taças e ao murmúrio constante das conversas, Lorenzo permanecia recostado próximo a uma das colunas de mármore, com um copo de uísque em mãos e os olhos atentos ao movimento do salão. O aroma de perfume refinado, de flores frescas e do álcool caro no copo criava um cenário envolvente, quase cinematográfico.Seus olhos, porém, se fixaram em uma única figura — Rick Ocasek, seu pai. Impecável em seu terno escuro, Rick sorria de maneira genuína ao lado de Lorena, sua esposa, enquanto os dois interagiam com convidados, trocavam olhares cúmplices e pequenos gestos de afeto que passariam despercebidos a olhos desatentos. Mas Lorenzo percebia tudo.Ele sentia admiração. Verdadeira. Profunda. Para ele, o pai era mais que um líder. Era um símbolo. Um homem que dominava com firmeza o submundo da máfia, mas que ali, diante da família, se
O salão estava tomado por uma atmosfera acolhedora e festiva. A luz amarelada dos lustres refletia suavemente sobre os arranjos florais brancos e dourados, espalhando um leve perfume de lírios e jasmim pelo ar. A música de fundo, suave e instrumental, dava um toque de elegância à noite. Conversas animadas preenchiam o ambiente, interrompidas apenas pelo tilintar das taças erguendo brindes entre risos e abraços.Foi nesse clima de celebração que Rick se levantou com o microfone em mãos, o olhar sereno e o sorriso carregado de emoção. O burburinho foi silenciado aos poucos, até que todos os olhares se voltaram para ele. Ele caminhou lentamente até o centro do salão, ajustando o paletó escuro com elegância, enquanto sua presença imponente capturava a atenção de todos.Ele respirou fundo, olhando em volta para os rostos queridos — amigos, aliados, familiares. Então, com a voz firme e calorosa, começou:— Boa noite a todos. Hoje celebramos um marco muito especial em
A brisa da noite soprou suavemente pelas grandes janelas do salão, carregando consigo o perfume das flores frescas que adornavam o altar decorado com rosas brancas, velas altas e pequenos pontos de luz dourada pendendo do teto como estrelas. A música suave ao fundo — um instrumental de cordas emocionado — acompanhava o murmúrio silencioso dos convidados, todos atentos e comovidos diante da pequena cerimônia de renovação de votos.Rick e Lorena estavam de pé frente a frente, de mãos dadas, o olhar preso um no outro como se o tempo tivesse voltado vinte anos. Um silêncio respeitoso pairava no ar, entrecortado apenas pelo leve estalar das velas e pelos suspiros emocionados de alguns convidados.Após a breve cerimônia conduzida por um amigo próximo da família, Rick deu um passo à frente, o coração visivelmente acelerado. Ele apertou levemente as mãos de Lorena e, com a voz firme, porém embargada pela emoção, começou:— Lorena, ao longo dos anos, nosso casamento
O hospital estava mergulhado em sua calmaria habitual, apenas o som distante dos monitores cardíacos e o murmúrio dos funcionários preenchiam os corredores. Lorena Fischer aproveitava esse breve momento de paz em sua sala, organizando alguns relatórios, quando uma voz grave e furiosa cortou o silêncio.— Cadê o médico? Não tem médico nessa porra não?! — A voz ecoou pela recepção, carregada de impaciência e fúria.Camila, a enfermeira, ergueu o olhar, mantendo a postura profissional.— Senhor, por favor, acalme-se. Em que posso ajudá-lo?O homem à sua frente não parecia disposto a ouvir. Sua mandíbula estava travada, os olhos intensos como lâminas afiadas, e a presença dele exalava autoridade.— Eu quero a porra de um médico AGORA!Lorena franziu a testa ao ouvir a discussão. Saiu da sala com passos firmes, sentindo a tensão no ar aumentar a cada segundo. Assim que chegou à recepção, seus olhos captaram a cena. Um homem de terno preto, ombros largos e expressão feroz dominava o espaço.
A sala estava silenciosa, exceto pelo bip ritmado dos monitores cardíacos e pelo sutil zumbido do ar-condicionado. O cheiro de antisséptico ainda dominava o ambiente, misturando-se ao leve aroma metálico de sangue seco. Lorena examinava o paciente, conferindo seus sinais vitais, quando um movimento brusco fez seu coração disparar.Gustavo Maxwell agarrou seu braço com força inesperada.— Ai, meu Deus! — ela exclamou, recuando levemente. — Você quase me mata de susto!Os olhos dele estavam confusos, piscando várias vezes antes de se fixarem nela.— Onde eu estou? — sua voz saiu rouca, carregada de sono e desorientação.Lorena sorriu, profissional, mas aliviada.— Sou a Dra. Lorena. Que bom que você acordou. Seu amigo já estava surtando porque não deixei ele te ver.— Por quê? — Gustavo franziu a testa, ainda tentando processar a informação.— Você passou por uma cirurgia bem delicada e ficou inconsciente por dois dias.— Dois dias? — ele repetiu, incrédulo. — Com certeza o chefe deve e
O olhar de Rick se tornou ainda mais frio.— Dra., preciso tirar ele daqui ainda hoje. Saia desse quarto agora e volte com a alta dele assinada — ordenou, sua voz carregada de ameaça.Lorena cruzou os braços, desafiadora.— Senhor, como eu disse...Rick deu um passo à frente, sua presença tornando-se opressora.— Dra., saia agora da porra do quarto, antes que eu...— Espera, chefe! — interrompeu Gustavo, com esforço. — Dra., por favor, vá... depois você volta.Lorena lançou um último olhar a Rick, contendo sua raiva, e saiu do quarto sem dizer mais nada. Assim que chegou ao seu consultório, soltou um suspiro frustrado e passou as mãos pelos cabelos.— Meu Deus, o que foi aquilo? Esse homem é louco, só pode! — murmurou, sentindo a raiva borbulhar dentro de si.***No quarto, o silêncio era interrompido apenas pelo barulho distante dos monitores cardíacos e pelo leve zumbido das lâmpadas fluorescentes. Gustavo, ainda pálido, ergueu os olhos para Rick Ocasek, que mantinha a expressão dur
Ele se aproximou da mesa de Lorena, olhando-a com uma intensidade que a fez desviar ligeiramente o olhar, antes de retomar o contato visual. O cheiro de seu perfume, algo amadeirado e ligeiramente picante, chegou antes dele.— Boa tarde, Dra. Lorena, sou o detetive Matt Dallas. Gostaria de fazer algumas perguntas. — A voz dele era profunda, rouca, com um tom sério, mas ainda assim carregado de um leve toque de desafio.Lorena ajustou-se na cadeira de couro, um leve estalo do material quebrando o silêncio. Ela manteve a postura ereta, mas seus olhos estavam agora focados no detetive. A luz que entrava pela janela iluminava o rosto dele, destacando a mandíbula forte e os olhos azuis penetrantes, que nunca a deixaram de encarar.— Boa tarde, detetive. Em que posso ajudar? — Ela respondeu, com a calma característica de quem lida com urgências todos os dias, mas sem perder a vigilância. E se recostou na cadeira de couro escuro, cruzando as pernas de forma graciosa.Dallas puxou uma pasta p