Narrado por Lúcifer
Tava procurando em tudo quanto era canto. Nas ruas, nas câmeras espalhadas pela cidade, nos becos e vielas que conheço como a palma da mão. Nada. Nenhum sinal. E o desespero começou a bater de um jeito que eu não lembrava mais como era. Só de imaginar aquele desgraçado encostando um dedo na loirinha, meu sangue fervia. Sentia a raiva subindo como lava em erupção. E o pior: a impotência.
A gente tava reunido, trocando ideia sobre um plano novo pra fechar o cerco em cima do Lorde, quando a porta se escancarou. Bruna entrou como um furacão, sem pedir licença, sem cerimônia.
— Que parada louca você veio fazer aqui? — o JP arregalou os olhos. — Eu mandei você ficar na casa do Lúcifer, não mandei?
Ela o encarou com uma firmeza que poucos teriam coragem. — Primeiro: você não manda em mim. Segundo: não vim por você. Vim pela minha amiga, que tá sequestrada. Ao contrário de você, talvez eu tenha uma pista. Lúcifer, posso falar com você e com o Caveira a sós?
Na hora que ela