Narrado por Maite
Ver Fumaça ali, parado no canto daquela sala imunda, foi como sentir meu coração sendo esmagado por dentro. Eu aguentei dor, humilhação, agressões físicas… mas nada me destruiu tanto quanto aquele olhar vazio vindo de quem eu mais confiava.
Ele não disse nada. Nem uma palavra. Só observava — como se estivesse assistindo a um espetáculo. Como se tudo aquilo fosse justo.
Naquele momento, percebi: não fazia mais sentido continuar lutando. A última fagulha de esperança em mim se apagou. Eu já estava quebrada. Mas ele… ele me despedaçou.
Senti as mãos do Lorde me agarrando com brutalidade. Nem precisava disso. Meu corpo já não respondia. Eu mal conseguia manter a cabeça erguida. E, mesmo assim, ele fazia questão de me tratar como um troféu derrotado. Um brinquedo danificado que ele queria destruir de vez.
Me debati. Ainda tentei. Por instinto, talvez. Mas não adiantou.
Vi quando ele pegou a seringa. A agulha brilhou sob a luz fraca, e eu soube que o que vinha não era apen