Luce balançava as perninhas na cadeira, mordendo um pedaço de bolo com as mãos meladas de chocolate. Isabella se esforçava para comer, mas percebi que tinha muita dificuldade.
“ O doutor Miller está a caminho. Você precisa ser examinada “
ELLA: Mas eu disse que não há necessidade!
LUCE: Mamãe, mamãe… deixa de se teimosa!
Isabella olhou para menina arqueando as sobrancelhas, respirou fundo mas não disse nada.
LUCE: Papai, o bolo tá muito bom! Posso come mais um pedacinho?
"Pode, mas só mais um.”
LUCE: Combinado!
Não consegui conter o riso. Aquela menina tinha um jeito de me desarmar.
Ela era esperta, e de algum modo, mesmo sem entender nada do que havia entre mim e Isabella, me fazia sentir parte de algo… que eu achava ter perdido.
Foi então que ouvi passos no corredor. O som firme e contido denunciava quem era.
O doutor apareceu na entrada da sala, com a pasta nas mãos e o olhar atento.
DOUTOR: Senhora Isabella, Senhor Ravelli… bom dia. Está se sentindo melhor hoje, senho