A claridade suave atravessava as cortinas do Villa Igiea, um hotel luxuoso de arquitetura antiga, cercado por jardins que pareciam esconder segredos. O carro parou diante da entrada principal, e eu fui conduzida por dois seguranças até uma ala reservada, isolada do restante dos hóspedes. Cada passo que eu dava ecoava pelo corredor de mármore, como se o som denunciasse a minha apreensão.
Meu coração batia acelerado. Eu sabia o que... ou melhor, quem me esperava ali dentro. Quando a porta se abriu, vi Sayron encostado na varanda, olhando o mar com a tranquilidade de quem domina cada movimento ao redor. Mas foi a pequena figura no centro do quarto que paralisou meu mundo.
SAYRON: Olha só quem chegou, a sua mamãe. Fala oi para a mamãe, Luce.
Por um instante, o ar me faltou. Meus olhos marejaram antes que eu pudesse reagir.
A menina virou o rostinho, e quando me reconheceu, seus olhos brilharam como estrelas em noite escura.
LUCE: Mamãeeee!
Ela correu em minha direção, os braci