ETHAN…
Entrei no quarto e lá estava ela, deitada com um lençol preguiçoso cobrindo apenas parte do corpo, como se fosse dona da minha cama, da minha casa e da minha vida. Não sei o que me irritou mais, a ousadia ou a lembrança de que, um dia, eu aceitei esse jogo.
“Margareth, coloca uma roupa. Agora!”
Minha voz soou baixa, mas tão gelada que fez a respiração dela vacilar por um instante. Mesmo assim, ela tentou o charme de sempre.
MARGO: Normalmente você pede para eu tirar. Olha só, eu me bronzeei como você gosta… Vem aqui matar a saudade.
Desviei o rosto, sem mover um músculo além da mandíbula que já doía de tanto se contrair.
“Você sabe que já terminamos há muito tempo. A única coisa que me causa estranheza é a sua insistência em se comportar como se ainda fosse bem-vinda.”
Ela se apoiou no cotovelo, os seios à mostra, arqueando a sobrancelha com provocação.
“ Temos um acordo que eu poderia vir se sentisse saudades e eu estou, meu lindo. E olha só quem está querendo você.”
Ela afast