Capítulo 11

Miguel entrou no quarto com um sorriso que eu reconheci de longe: aquele sorriso de quem estava se divertindo às minhas custas. Encostou na porta, cruzando os braços, e eu tive certeza de que era uma armadilha.

MIGUEL: Então… eu chego no corredor e encontro um homem de quase quarenta anos, andando com cara de funeral, depois de jogar flores e chocolates no lixo. Quer me contar o que fez, pequena Fontana?

Revirei os olhos.

“Ah, claro. Agora a culpa é minha porque o Sr. Controle Absoluto não sabe lidar com a palavra “não”.

Miguel riu baixo, se aproximando devagar. Ele parecia se deliciar com a tensão que ficou no ar depois que Ethan saiu daqui todo bravo. Aposto que ele nunca tinha visto o amigo perder a linha daquele jeito.

MIGUEL: Você é incrível. Sério mesmo. Dez minutos com você e ele parece um adolescente rejeitado no baile da escola.

Dei um sorriso torto.

“Que pena que não tenho o troféu para isso.”

Ele puxou uma cadeira e se sentou ao meu lado, apoiando o braço na beirada
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