A sala mergulhou em um silêncio denso, o tipo que parece carregar eletricidade no ar, como se antecedesse um temporal iminente. Eu ainda respirava com esforço, o corpo vibrando pela descarga de adrenalina da briga, as mãos quentes, enquanto Margo permanecia caída no chão, amparada pela mãe, exibindo no rosto as marcas vermelhas das bofetadas que, sinceramente, ela havia dado com precisão quase artística.
“Agora chega. Vamos colocar tudo na mesa. O que está acontecendo aqui?”
Margareth soltou um riso histérico, descompassado, como se estivesse tentando se agarrar à própria mentira.
MARGO: O que está acontecendo? Essa… ESSA mulher me bateu! Ela devia estar presa!
James avançou um passo, sólido como sempre.
JAMES: Quem deveria estar presa é você. Por roubo e manipulação... você sabe muito bem o que fez.
O olhar de Margareth virou uma lâmina, mas não teve tempo de afiar nada. Isabella decidiu encerrar de vez o teatro patético dela.
ELLA: Quer mesmo falar sobre prisão, Margareth? Ót