A noite na mansão Castro tinha um brilho especial. Lustres de cristal refletiam luz dourada pelas paredes do grande salão, mesas impecavelmente arrumadas exibiam arranjos de flores brancas e douradas, e músicos afinavam discretamente seus instrumentos para um concerto suave durante o jantar.
Frederico havia ordenado que nada faltasse naquela celebração. “Quero que o mundo saiba que Lucas e Helena são o maior orgulho da nossa família”, dissera ele, com a firmeza de um homem que, pela primeira vez em anos, deixava de lado a rigidez e se entregava à felicidade.
No centro do salão, um espaço foi preparado especialmente: dois berços delicadamente decorados, onde os gêmeos repousavam, cercados por olhares enternecidos de todos que se aproximavam.
Elisa descia a escadaria principal de braços dados com Eduardo. O vestido azul suave dela parecia feito sob medida para destacar sua beleza simples e serena. Eduardo, de terno impecável, não disfarçava o orgulho de caminhar ao lado da esposa.
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