O Teatro Municipal do Rio de Janeiro nunca esteve tão cheio de significados. Vestidos longos, flashes de fotógrafos, conversas elegantes e uma aura de expectativa pairavam no ar. Era a grande noite do leilão beneficente da Fundação Santos Castro.
No camarim principal, Elisa terminava de se vestir com a ajuda de Cecília. O vestido de seda azul-claro abraçava a silhueta da gestação com delicadeza, ressaltando a beleza natural da futura mãe. Seus cabelos estavam presos em um coque elegante, com pequenos fios soltos que emolduravam o rosto sereno.
Está linda ... disse Cecília, emocionada. Você parece... uma pintura.
Parece que tudo que a gente viveu chegou até aqui ... respondeu Elisa, olhando seu reflexo. E agora… estamos prontos para mostrar que tudo valeu.
Do lado de fora, Eduardo, impecável em seu terno preto com gravata de cetim azul combinando com o vestido da esposa, falava com os cerimonialistas e com a imprensa, mas seus olhos buscavam constantemente a porta por onde Elisa