A claridade filtrava pelas cortinas da UTI, suave como um sussurro. O som dos monitores cardíacos preenchia o ambiente, constante, quase reconfortante. Elisa dormia na poltrona ao lado do leito de Eduardo, as mãos entrelaçadas às dele, como quem não queria soltá-lo por nada no mundo.
Já se passavam dois dias desde o acidente. E agora, um leve movimento nos dedos de Eduardo fez Elisa despertar com o coração acelerado.
Eduardo? ... chamou, aproximando-se, os olhos cheios de expectativa.
Ele mexeu a cabeça, devagar, e seus olhos azuis se abriram, sonolentos, confusos… mas vivos.
Onde…? ... murmurou, com voz rouca.
Elisa sorriu, emocionada.
No hospital. Você está seguro. Foi um herói.
Ele piscou lentamente. A visão ainda turva.
Elisa… você está bem?
Ela segurou sua mão com mais força.
Estou. Você me salvou. Arriscou a própria vida por mim…
Um suspiro escapou dos lábios de Eduardo, seguido por um leve sorriso.
Claro que salvei. Eu… não suportaria te perder.
Elisa se